Relembramos que, dando continuidade à Exposição da V Bienal de Pintura de Pequeno Formato - Prémio Joaquim Afonso Madeira,, vai decorrer uma sessão de Cinema, no dia 14 de Junho, 3ª Feira, pelas 21,30 horas , no Moinho de Maré de Alhos Vedros com a projecção do filme: SERAFINE
No final será dado lugar a um breve debate.
Aguardamos a vossa visita.
A direcção da
CACAV. Círculo de Animação Cultural de Alhos Vedros
Resumo do filme:
França rural, início do século XX. Nos intervalos dos seus trabalhos como empregada doméstica, uma mulher de meia-idade percorre o campo enquanto canta hinos religiosos e recolhe plantas e flores.
A mulher chama-se Séraphine, e com as plantas e as flores, mais o azeite surripiado das velas da igreja da aldeia, faz cores para pintar os seus quadros. Porque a devota Séraphine, além de mulher-a-dias, é pintora em segredo. Conhecida por Séraphine de Senlis (1864-1942), esta artista “primitiva”, contemporânea de Le Douanier Rousseau, foi descoberta em 1912 pelo coleccionador e marchand de arte alemão Wilhelm Uhde, que lançou artistas como Picasso e Braque, e se tornou no seu mentor e divulgador. Mas Séraphine acabou por ser vencida pela doença mental que a afligia, e viveu internada num hospício os 10 últimos anos da sua vida.
Da história desta mulher simples, autodidacta e esteticamente visionária, e da sua improvável relação com o seu patrono, Martin Provost extraiu um belo, comovente e humaníssimo filme, feito com um recato dramático exemplar, limpo de efusões melodramáticas ou de banalidades pretensiosas sobre o “génio artístico”. A actriz e realizadora belga Yolande Moreau interpreta Séraphine na melhor veia “naturalista”, e Ulrich Tukur é muito bom no paciente Uhde.
Séraphine ganhou sete Césares (entre os quais Melhor Filme e Actriz), todos merecidos. Sem hesitar, um dos melhores filmes do ano.
Sérgio Abranches
Sem comentários:
Enviar um comentário