terça-feira, 20 de abril de 2010

Debate sobre a vida e obra de Modigliani. Na Casa Amarela

Quadro de Modigliani
Na sequência da projecção do filme "Modigliani", levado a efeito na Segunda-feira, dia 12 de Abril, vai realizar-se hoje, Terça-feira, dia 20 de Abril pelas 21,30 horas, na Casa Amarela, um debate sobre a vida e obra daquele pintor, debate que será dinamizado por Fátima Romão.

Pela CACAV
A Coordenadora da Programação da Casa Amarela/Escola Aberta Agostinho da Silva

(...) Amedeo Modigliani nasceu na cidade italiana de Livorno, em 12 de Julho de 1884, filho de abastada família judia.
Por causa da saúde precária não recebeu educação formal e voltou-se para o estudo da pintura, que iniciou na cidade natal e prosseguiu em Veneza e Florença.
Em 1906 mudou-se para Paris e, ao fim de três anos de vida boémia, executou uma de suas obras mais importantes: "O violoncelista", que expôs no Salão dos Independentes de 1909.
O encontro com o escultor Constantin Brancusi marcou a carreira de Modigliani, que por um longo período abandonou a pintura pela escultura. Impressionado pelo cubismo, muito influenciado por Cézanne, Toulouse-Lautrec e Picasso, o artista executou nesse período esculturas nas quais se misturam influências da escola de Siena e da arte da África negra, sobretudo das esculturas do Congo e do Gabão.
Também a influência dos kouroi (esculturas gregas que representam jovens atletas desnudos) se faz sentir nesses trabalhos, que Modigliani esculpia sempre directamente na pedra, na tentativa de preservar a unidade plástica do bloco.
Essa fase se prolongou até 1914, quando o artista, sem dispor dos recursos necessários à produção de esculturas, retornou a pintura.
Os temas preferidos de Modigliani foram, a partir de então, os retratos e os nus femininos com modelos que, segundo o artista, expressavam "a muda aceitação da vida". Com o raro dom de conseguir uma imediata empatia entre seus retratos e o observador, dotou suas figuras de uma sensualidade que se transmite não pela nudez, mas pelo movimento e pelo alongamento dos traços.
Essa breve fase final do artista foi a mais importante de sua obra, caracterizada por um despojamento que alguns críticos creditaram a sua inclinação para a escultura.
Modigliani morreu em Paris, em 24 de Janeiro de 1920 (...)

In: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

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