domingo, 7 de junho de 2009

"Cinema Paraíso". Na Casa Amarela

Pois é. Neste ciclo "ISTO NÃO É CINEMA", não poderia deixar de ser exibido "Cinema Paraíso", uma obra prima de Giuseppe Tornatore a ser exibida na próxima segunda feira, dia 8 de Junho pelas 21,30 horas, na Casa Amarela/Escola Aberta Agostinho da Silva.
Cinema Paraíso tem a direcção musical de Ennio Morricone que, de uma forma genial, consegue enquadrar belíssimas músicas nas cenas que nos envolvem em sentimentos de partilha e cumplicidade, com o ambiente emocional que rodeia a história que nos é contada.
É um belíssimo filme a não perder, e contamos com a tua presença que muito nos agrada.
Pela CACAV
A Coordenadora da Casa Amarela/Escola Aberta Agostinho da Silva

(...) Cinema Paraíso, obra aclamada e aplaudida de 1989, é acima de tudo um autêntico elogio ao amor, à amizade, à juventude, à vida e ao cinema. É um filme muito especial, pois de uma forma poética consegue mostrar a magia que o cinema transmite a todos os seus amantes. Em 1989 alcançou o Prémio da Crítica em Cannes e no ano a seguir não perdeu o Óscar para Melhor Filme Estrangeiro. O realizador Salvatore é um realizador de sucesso em Roma, e numa noite recebe a notícia que o seu amigo Alfredo morreu. É nesta altura que Salvatore se relembra de tudo o que pensava que podia ter esquecido. Relembra os seus tempos de infância, vividos numa cidade pequena da Sícilia, assombrada pela pós-guerra e pela imagem do pai que nunca voltou da guerra. Estes eram tempos difíceis, reinavam a fome, a pobreza, a censura e o cinema era o espaço onde as populações podiam sonhar e por breves momentos serem felizes. As cenas passadas nos cinemas retratam as situações mais caricatas: o início dos namoros, as partidas das crianças, a corrida destas mesmas para a primeira fila frente ao ecrã, negócios obscuros, inclusive cenas de sexo.Salvatore relembra-se enquanto Toto e o seu amigo Alfredo, o projeccionista da sua cidade que lhe mostrou os segredos do cinema e das projecções e assim estimulou-lhe a grande paixão pelo cinema. O filme retrata o amor nas suas diversas frentes: o amor de mãe versus mulher, amor de adolescente (contrariado neste caso, uma vez que o pai de Elena não gostava de Salvatore por este ser pobre), o amor sob forma de amizade, e o amor pelo cinema. É também devido a esses “duros” amores que se fazem escolhas, sacrifícios, sofrem-se consequências e muitas vezes obrigam-nos a fugir dessas realidades para criarmos em nosso torno uma redoma de vidro aparentemente intocável. Mas na noite em que Salvatore recebeu a triste noticia, percebeu que não podia fugir do passado, pois querendo ele ou não ele existia, e por isso mesmo tinha que o enfrentar. Assim passados muitos anos de ter “fugido” da sua terra natal, Salvatore volta à sua terra para o funeral do seu amigo e reencontra os rostos envelhecidos daqueles que o acompanharam durante a sua infância, e então sente-se de novo em casa.Antes de partir, Alberto deixou um presente a Salvatore. Uma fita. Salvatore só a viu quando regressou a Roma. É então que se emociona quando se depara que aquela fita era aquilo que sempre sonhara: o conjunto das cenas cortadas dos filmes, à causa da censura. Essas cenas não são mais do que os beijos mais famosos do cinema, majestosamente montados numa sequência extremamente emocionante e inesquecível. Cinema Paraíso tem um encanto especial e a escolha para a direcção musical, não podia ser melhor, pois esteve ao cargo do senhor Ennio Morricone. As músicas escolhidas para cada cena realçam os sentimentos presentes na mesma, tornando-se assim um filme emocionalmente inesquecível (...)
Inês Montenegro (1)
(1) Texto retirado da Internet

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